sábado, 10 de março de 2018

O homem é sempre culpado, mesmo quando se prova sua inocência

Our comfortable injustice, Part 1: Christians, race and ...



No dia primeiro de março de 2018, Atercino Ferreira de Lima foi solto após passar 11 meses preso, acusado de ter abusado sexualmente dos filhos. Porém, a denúncia mostrou-se falsa.

Após se separar da ex-companheira em 2002, ele foi acusado e passou 15 anos tentando provar sua inocência, até finalmente ser condenado a 27 anos de cadeia em 2017. O que chama a atenção é que uma psicóloga forense atendeu as crianças e fez um laudo indicando que elas não sofriam nenhum abuso do pai, mas sim da mãe. Apesar disso, as crianças ficaram sob a guarda da mãe, que lhes agredia para que elas testemunhassem contra o pai.

As crianças fugiram de casa e foram morar em orfanatos. Depois de crescerem, eles foram morar com o pai e registraram em cartório que nunca foram abusados pelo pai, mas as declarações foram arquivadas porque o processo estava nas mãos de instâncias superiores. Apenas quando o Innocence Project interviu, que o caso se desenrolou a favor de Atercino e seus filhos.

Apesar de todo o estresse e sofrimento, Atercino não tem intenção de acionar a ex-companheira judicialmente. Embora faça sentido que ele queira o fim desse pesadelo, ele foi acusado de um grave crime, o de abusar sexualmente de uma criança de 8 anos e outra de 6, sendo que seu acusador sabia que o crime nunca ocorrera.

A não-punição da ex-companheira (cujo nome não consigo encontrar) e o silêncio da sociedade e da grande mídia sobre esse caso, incentiva que casos semelhantes ocorram. É impossível saber ao certo a quantidade de falsas acusações, principalmente as falsas acusações de abuso sexual e menos ainda quando envolvem o abuso de crianças. As estatísticas variam de 6% a 80% dependendo do método usado.

Essa variação pode ser decorrente de casos considerados inconclusivos, dificuldade de identificar se a falsa denúncia foi feita conscientemente com o fim de prejudicar o acusado (ou outra pessoa) ou resultado do erro de algum profissional. O que parece ser certeza é que quase sempre a mãe faz a falsa denúncia contra o pai e, nos casos em que ela sabia que não houve crime, a motivação foi simplesmente querer fazer o ex-companheiro sofrer.

Esses casos são típicos do que está sendo chamado de alienação parental e que abordarei melhor na próxima publicação. Por isso, inscreva-se para receber a continuação diretamente no seu e-mail.

Fontes:
http://www.apase.org.br/93002-deliasusana.htm

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/justica-de-sp-manda-soltar-homem-que-foi-condenado-injustamente-por-abusar-sexualmente-dos-filhos.ghtml?utm_source=facebook&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar

https://portal6.com.br/2018/03/03/homem-acusado-injustamente-de-abusar-dos-filhos-e-solto-pela-justica/

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