sábado, 2 de setembro de 2017

Suicídio - Quando a morte parece a melhor saída

Setembro é o mês da prevenção do suicídio, pratica que muitos homens chegam a pensar e/ou a realizar. Sendo assim, a primeira matéria desse mês será sobre o suicídio.
O suicídio consiste em uma pessoa tirar a própria vida conscientemente e é considerado um problema de saúde pública não só para aquele que o praticou como para amigos e familiares, que são abalados pelo evento. No mundo todo, o suicídio encontra-se entre as 10 principais causas de morte (Schlösser, Rosa, & More, 2014), sendo a oitava nos EUA (Farrell, 1993/2014) e, no Brasil, é a terceira maior causa por fatores externos (Machado & Santos, 2015)
No Brasil, o número de suicídios consumados (que resultaram em morte efetiva) é baixo para os padrões internacionais, apenas 6,3 mortes por 100 mil habitantes (OMS, 2017), sendo classificado como o 71º país com maior número de suicídios no mundo (Schlösser, Rosa, & More, 2014). Contudo, acredita-se que os valores possam ser muito maiores em decorrência de sub-notificação (Marín-León & Barros, 2003). Outro fenômeno observado mundialmente é que homens suicidam-se com 3 a 7,5 vezes mais frequência que mulheres, sendo Índia e China as duas únicas exceções. No Brasil, a proporção é de 3,7 homens para cada mulher. (Machado & Santos, 2015)

Tal diferença deve-se, em parte, a homens usarem métodos com maiores chances de sucesso (ou seja, de efetivamente morrerem, sem chance de serem salvos), sendo o enforcamento e o uso de armas de fogo, os métodos preferidos pelos homens (Marín-León & Barros, 2003; Minayo, Meneghel & Cavalcante, 2012). O suicídio geralmente ocorre em casa (51,9%) ou em hospitais (39,3%) (Marín-León & Barros, 2003).

Existem inúmeros fatores que podem levar um homem a cometer suicídio, mas as associações mais frequentes são desemprego; uso de álcool ou drogas; presença de um transtorno psiquiátrico, como Depressão; dívidas financeiras; problemas em relacionamentos familiares ou amorosos; sentimento permanente de humilhação; sentimento de impotência e dependência; e, principalmente, sentimento de ser um fardo para os outros. (Marín-León & Barros, 2003Minayo, Meneghel & Cavalcante, 2012).
Pessoas que pensam em se matar devem ser supervisionadas a todo instante e devem procurar ajuda profissional. Um primeiro passo pode ser entrar em contato com o Centro de Valorização da Vida, que fica disponível 24h/dia por telefone (ligue 141), e-mail, chat e Skype.
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Obra citada não disponível on-line
Farrell, W. (1993/2014). The Myth of Male Power: why men are the disposable sex (Ebook ed.). Autor.

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